Background: Adolescents have significant sexual and reproductive health needs. However, complex legal frameworks, and social attitudes about adolescent sexuality, including the values of healthcare providers, govern adolescent access to sexual and reproductive health services. These laws and social attitudes are often antipathetic to sexual and gender minorities. Existing literature assumes that adolescents identify as heterosexual, and exclusively engage in (heteronormative) sexual activity with partners of the opposite sex/gender, so little is known about if and how the needs of sexual and gender minority adolescents are met.
Methods: In this article, we have analysed data from fifty in-depth qualitative interviews with representatives of organisations working with adolescents, sexual and gender minorities, and/or sexual and reproductive health and rights in Malawi, Mozambique, Namibia, Zambia and Zimbabwe.
Results: Sexual and gender minority adolescents in these countries experience double-marginalisation in pursuit of sexual and reproductive health services: as adolescents, they experience barriers to accessing LGBT organisations, who fear being painted as "homosexuality recruiters," whilst they are simultaneously excluded from heteronormative adolescent sexual and reproductive health services. Such barriers to services are equally attributable to the real and perceived criminalisation of consensual sexual behaviours between partners of the same sex/gender, regardless of their age.
Discussion/ conclusion: The combination of laws which criminalise consensual same sex/gender activity and the social stigma towards sexual and gender minorities work to negate legal sexual and reproductive health services that may be provided. This is further compounded by age-related stigma regarding sexual activity amongst adolescents, effectively leaving sexual and gender minority adolescents without access to necessary information about their sexuality and sexual and reproductive health, and sexual and reproductive health services.
Contexte: Les adolescents ont des besoins importants en matière de santé sexuelle et reproductive. Cependant, des cadres juridiques complexes et des attitudes sociales concernant la sexualité des adolescents, y compris les valeurs des prestataires de soins, régissent l’accès des adolescents à ces services. Ces lois et attitudes sociales sont souvent antipathiques aux minorités sexuelles et de genre. La littérature existante présuppose que les adolescents s’identifient comme hétérosexuels et se livrent exclusivement à des activités sexuelles (hétéronormatives) avec des partenaires du sexe/ genre opposé. Nous ne savons que très peu si et comment les besoins des adolescents appartenant à une minorité sexuelle ou de genre sont satisfaits.
Méthodes: Dans cet article, nous avons analysé cinquante entretiens qualitatifs approfondis avec des représentants d’organisations travaillant avec des adolescents, des minorités sexuelles et de genre et / ou des droits et santé sexuels et reproductifs au Malawi, au Mozambique, en Namibie, en Zambie et au Zimbabwe.
Résultats: Dans ces pays, les adolescents appartenant à une minorité sexuelle et/ ou de genre connaissent une double marginalisation en matière d’accès aux services de santé sexuelle et reproductive: en tant qu’adolescents, ils rencontrent des obstacles pour accéder aux organisations LGBT, qui craignent d’être qualifiés de «recruteurs d’homosexualité»; alors qu’ils n’ont déjà pas accès aux services hétéronormatifs de santé sexuelle et reproductive pour adolescents. De tels obstacles aux services sont également attribuables à la criminalisation réelle et perçue des comportements sexuels consensuels entre partenaires de même sexe / genre, quel que soit leur âge.
Discussion / conclusion: La combinaison de lois criminalisant l’activité consensuelle de même sexe / genre et la stigmatisation sociale envers les minorités sexuelles et de genre fait que les services légaux de santé sexuelle et reproductive pouvant être fournis ne sont pas accessibles. Cette situation est. encore aggravée par la stigmatisation liée à l’âge chez les adolescents, laissant ainsi les adolescents des minorités sexuelles et de genre sans accès aux informations nécessaires sur leur sexualité et leur santé sexuelle et reproductive, ainsi que sur les services de santé sexuelle et reproductive.
Contexto: Os adolescentes têm altas necessidades de saúde sexual e reprodutiva. No entanto, quadros jurídicos complexos e atitudes sociais sobre a sexualidade dos adolescentes, incluindo os valores dos cuidadores, governam o acesso dos adolescentes a esses serviços. Essas leis e atitudes sociais são muitas vezes hostis às minorias sexuais e de gênero. A literatura existente pressupõe que os adolescentes se identificam como heterossexuais e se envolvem exclusivamente na atividade sexual (heteronormativa) com parceiros do sexo / gênero opostos. Sabemos muito pouco sobre se e como as necessidades dos adolescentes pertencentes a uma minoria sexual ou de gênero estão satisfeitas.
Métodos: Neste artigo, analisamos cinquenta entrevistas qualitativas em profundidade com representantes de organizações que trabalham com adolescentes, minorias sexuais e de gênero e / ou direitos e saúde sexual e reprodutiva no Malawi, Moçambique, Namíbia, Zâmbia e Zimbábue.
Resultados: Nesses países, os adolescentes pertencentes a uma minoridade sexual e / ou de gênero experimentam uma dupla marginalização no acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva: como adolescentes, enfrentam obstáculos ao acesso a organizações LGBT que temem ser chamados de “recrutadores homossexuais”; enquanto eles ainda não têm acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva heteronormativos para adolescentes. Tais barreiras aos serviços também são atribuíveis à criminalização real e percebida do comportamento sexual consensual entre parceiros do mesmo sexo/ gênero, independentemente da idade.
Discussão / Conclusão: A combinação de leis que criminalizam a atividade consensual do mesmo sexo / gênero e estigma social em relação a minorias sexuais e de gênero significa que os serviços para saúde sexual e reprodutiva que podem ser fornecidos legais não são acessíveis. Esta situação é ainda agravada pelo estigma relacionado com a idade entre os adolescentes, deixando os adolescentes de minorias sexuais e de gênero sem acesso à informação necessária sobre sua sexualidade e sua saúde sexual e reprodutiva, bem como sobre os serviços de saúde sexual e reprodutivo.
Keywords: Adolescents; Criminalisation; HIV; Heteronormativity; LGBT; Service provision; Sexual and gender minorities; Sexual and reproductive health and rights; Southern Africa; Stigma.