Objective: To establish baseline seroprevalence of soil-borne, waterborne, and foodborne diseases and to monitor diseases that are eliminated or on the path to elimination in the Paraguayan Chaco.
Methods: A total of 1 100 school-age children (6-15 years) were tested in urban and rural schools selected for a cross-cutting population-based survey using a two-stage probabilistic sample design in the three departments of the Paraguayan Chaco. Blood samples were taken on filter paper to measure IgG antibodies using a multiplex bead assay. Data collection was carried out through interviews with parents and caregivers. Access to basic sanitation and improved water was assessed. Differences in pathogen seropositivity and seroprotection were estimated by urban and rural areas.
Results: Seroprotection against measles was 62.9% and against rubella was 78.2%. Minimal diphtheria and tetanus seroprotection (≥0.01 IU/ml) was 92.9% and 98.3%, respectively. Seroprotective levels against these four vaccine-preventable diseases significantly decreased with increasing age (p < 0.05). The following pathogens and respective antigens showed significantly higher seroprevalence (p < 0.05) in rural areas compared with urban areas: Cryptosporidium parvum Cp17: 80.4% vs 64.6%, and Cp23: 60.6% vs 44.8%; Giardia lamblia VSP3: 26.9% vs 16.6%; Strongyloides stercoralis NIE: 11.5% vs 4.1%; and Taenia solium T24H: 7.1% vs 1.6%. Seroprevalence for these pathogens was also higher in Indigenous population when compared to non-Indigenous. Basic sanitation conditions showed significant differences (p < 0.05) between rural and urban areas: adobe and soil dwelling floor (65.3% vs 30.2%), use of pit latrine (90.3% vs 44.2%), availability of drainage or septic tank (8.7% vs 55.2%), access to safe water (19.7% vs 44.9%), and water treatment (6.8% vs 32.3%).
Conclusions: We identified high exposure to soil-borne, waterborne, and foodborne diseases in rural areas and Indigenous population in the Paraguayan Chaco. Low seroprotection against measles and rubella alerts about the risk of immunity gaps to maintain elimination targets.
Objetivo: Determinar la seroprevalencia actual de referencia de las enfermedades transmitidas por el agua, los alimentos y el suelo, así como realizar un seguimiento de las enfermedades eliminadas o en proceso de eliminación en el Chaco paraguayo.
Método: Se realizaron pruebas a un total de 1100 menores de 6 a 15 años de escuelas urbanas y rurales seleccionadas para una encuesta transversal, de base poblacional, mediante un diseño de muestreo probabilístico en dos etapas en los tres departamentos del Chaco paraguayo. Se tomaron muestras de sangre en papel de filtro para determinar los anticuerpos IgG mediante un ensayo múltiple de microesferas. La recogida de datos se llevó a cabo mediante entrevistas con progenitores y tutores. Se evaluó el acceso al saneamiento básico y al agua de mejor calidad. Se calcularon las diferencias de seropositividad y seroprotección para diversos agentes patógenos, desglosadas por zonas urbanas y rurales.
Resultados: La seroprotección fue del 62,9% contra el sarampión y del 78,2% contra la rubéola. La seroprotección mínima contra la difteria y el tétanos (≥0,01 UI/ml) se observó en el 92,9% y el 98,3% de los casos, respectivamente. Los niveles de seroprotección contra estas cuatro enfermedades prevenibles mediante vacunación disminuyeron significativamente con la edad (p <0,05). Los siguientes agentes patógenos y sus respectivos antígenos mostraron una seroprevalencia significativamente mayor (p <0,05) en las zonas rurales en comparación con las urbanas: Cryptosporidium parvum Cp17: 80,4% frente a 64,6% y Cp23: 60,6% frente a 44,8%; Giardia lamblia VSP3: 26,9% frente a 16,6%; Strongyloides stercoralis NIE: 11,5% frente a 4,1%; y Taenia solium T24H: 7,1% frente a 1,6%. La seroprevalencia de estos agentes patógenos también fue mayor en la población indígena que en la no indígena. Las condiciones de saneamiento básico mostraron diferencias significativas (p <0,05) entre zonas rurales y urbanas: viviendas con suelo de adobe o de tierra (65,3% frente a 30,2%), uso de letrinas de pozo (90,3% frente a 44,2%), disponibilidad de desagües o fosas sépticas (8,7% frente a 55,2%), acceso a agua potable (19,7% frente a 44,9%) y tratamiento del agua (6,8% frente a 32,3%).
Conclusiones: Observamos una gran exposición a enfermedades transmitidas por el agua, los alimentos y el suelo en las zonas rurales y en la población indígena del Chaco paraguayo. La seroprotección baja contra el sarampión y la rubéola alerta sobre el riesgo de brechas en materia de inmunidad si se pretenden mantener los objetivos de eliminación.
Objetivo: Estabelecer a soroprevalência basal de doenças transmitidas pelo solo, pela água e por alimentos e monitorar as doenças já eliminadas ou em vias de eliminação na região do Chaco paraguaio.
Métodos: Um total de 1 100 crianças em idade escolar (6 a 15 anos) foram testadas em escolas urbanas e rurais selecionadas para um inquérito transversal de base populacional usando um método de amostragem probabilística em duas fases nos três departamentos do Chaco paraguaio. Foram coletadas amostras de sangue em papel-filtro para medir anticorpos IgG usando um ensaio multiplex com microesferas. A coleta de dados foi feita por meio de entrevistas com pais e cuidadores. Avaliou-se o acesso a saneamento básico e a fontes melhoradas de água. As diferenças na soropositividade para os patógenos e na soroproteção contra eles foram estimadas separadamente para áreas urbanas e rurais.
Resultados: A soroproteção contra o sarampo foi de 62,9% e contra a rubéola, de 78,2%. A soroproteção mínima contra a difteria e o tétano (≥0,01 UI/mL) foi de 92,9% e 98,3%, respectivamente. Os níveis de soroproteção contra essas quatro doenças imunopreveníveis diminuíram significativamente com a idade (p < 0,05). Os seguintes patógenos e respectivos antígenos apresentaram soroprevalência significativamente maior (p < 0,05) nas áreas rurais em comparação com as áreas urbanas: Cryptosporidium parvum Cp17: 80,4% vs. 64,6% e Cp23: 60,6% vs. 44,8%; Giardia lamblia VSP3: 26,9% vs. 16,6%; Strongyloides stercoralis NIE: 11,5% vs. 4,1%; e Taenia solium T24H: 7,1% vs. 1,6%. A soroprevalência desses patógenos também foi maior na população indígena em comparação com a não indígena. Houve diferenças significantes (p < 0,05) nas condições de saneamento básico entre as áreas rurais e urbanas: piso de barro e terra batida nas residências (65,3% vs. 30,2%), uso de latrina de fossa (90,3% vs. 44,2%), disponibilidade de drenagem ou fossa séptica (8,7% vs. 55,2%), acesso a água potável (19,7% vs. 44,9%) e tratamento da água (6,8% vs. 32,3%).
Conclusões: Identificamos uma alta exposição a doenças transmitidas pelo solo, pela água e por alimentos em áreas rurais e na população indígena do Chaco paraguaio. A baixa soroproteção contra o sarampo e a rubéola é um alerta para o risco das lacunas de imunidade para a manutenção das metas de eliminação.
Keywords: Communicable diseases; Paraguay; epidemiological monitoring; neglected diseases; public health surveillance; serology; vaccine-preventable diseases; vector borne diseases.